História Karatê Goju Ryu

                            

As origens do Karate

O Karate (空手道) é originário de Okinawa e tem suas raízes atreladas ao Kung-Fu chinês. Para entender melhor sua historia torna-se necessário uma breve explicação a respeito das suas origens chinesas e sobre Okinawa.

As origens chinesas

O Kung-Fu surgiu na China e desenvolveu-se devido à necessidade de sobrevivência dos antepassados na sua luta contra animais e inimigos. Acredita-se que esta arte teve grande influencia do Monge Ta-Mo, que foi o fundador do Templo Budista Shao-Lin, de onde deriva um dos mais famosos estilos que carrega o seu nome. Existem duas divisões básicas do Kung-Fu o Pak-Phai (estilo do norte) e o Nam-Phai (estilo do sul). O Karate Goju-Ryu teve suas bases influenciadas principalmente pelo Nam-Phai que utiliza mais técnicas de mão, força e armas curtas, devido à geografia do sul da China. Ao passo que no norte da China devido ao relevo os habitantes lutavam geralmente a cavalo e, portanto utilizavam mais chutes e armas compridas.

Okinawa

Okinawa (沖縄県) é um conjunto de ilhas localizado ao sul do Japão que consiste em 169 ilhas que formam o arquipélago Ryukyu, numa cadeia de ilhas de 1000 km de comprimento, tem ao norte a ilha de Yoron próximo aos limites de Kagoshima e se estende até a ilha de Yonaguni no seu extremo sul próximo da divisa com Taiwan. Okinawa originariamente não era território japonês. Era um reino com língua (uchinaguchi), administração e filosofia próprias. Devido à sua posição estratégica - entre a Indonésia, Polinésia, China, Coréia e Japão - posição central na Ásia - se tornou entre os séculos XIV e XVIII, um entreposto comercial. Relatos antigos apontam comerciantes e representantes Okinawanos nas cortes imperiais da China e do Japão. Antes dividida em feudos, foi unificada por Sho Hashi, que tornou-se rei designando o castelo de Shuri como centro administrativo. Em 1609, Okinawa foi invadida por ordem do chefe do clã Satsuma, no séc. XVI, perdeu a independência e o porte de armas foi proibido entre seus cidadãos, anexando-a ao território japonês. Diz-se que o Karatê, como arte marcial, nasceu nesta época. A arte marcial denominada de Kobudo, desenvolveu-se paralelamente ao Karate aproveitando os instrumentos utilizados no dia a dia dos habitantes: kama (foice), bo (bastão), eku (remo) e o nunchaku (batedor de arroz), instrumento agricola (forcado). Mesmo com o domínio tirânico dos japoneses, grandes mestres chineses conseguiram visitar Okinawa, como Kosokun (Kusanku) que ajudou a desenvolver secretamente o que seria denominado de Karate. Deste período até o século XIX, grandes mestres surgiram como Makabi Chokei, Sakugawa Shungo, Morishima Oyataka, Ginowan Cho’Ho, justamente no período em que os 3 mestres responsáveis pelo Karate criaram suas linhagens, as quais originaram-se estilos do Karate.

Tomari Te - Matsumura Kosaku
Shuri Te - Itosu Ankoh
Naha Te - Higaonna Kanryo

A denominação Te era a arte marcial e o nome que a antecede era a cidade em que morava o mestre fundador destas linhas: Naha-Te da cidade de Naha, Shuri-Te da cidade de Shuri e Tomari-Te da cidade de Tomari. As escolas básicas de Okinawa como Shuri Te e Tomari Te, hoje são conhecidas como o estilo Shorin Ryu e a de Naha Te como estilo Goju Ryu. Os Quatro Principais Estilos de Karate de Okinawa Naha Te - Goju Ryu, Fundado por Chojun Miyagi, Shuri Te - Shorin Ryu, Fundado por Tomohana Chosin, discípulo do Mestre Itosu Ankoh, em 1933, Tomari Te - Shorin Ryu, Fundado pelo Mestre Soshin Nagamine, em 1947, Kempo Chinês - Uechi Ryu, Fundado pelo Mestre Kanbun Uechi, que praticou esta arte de 1897 a 1947, na província de Fukien, a mesma do Mestre Higaonna. Estas artes eram conhecidas até o início do século XIX como Tode, depois Okinawa-Te e hoje Karate que significa Mãos Vazias (kara=vazia e Te = mão). A escola - Ryûha - estilo - que interessa ao nosso propósito é a da cidade de Naha, que deu origem ao Karate Goju Ryu.

Devido à sua posição estratégica - entre a Indonésia, Polinésia, China, Coréia e Japão - posição central na Ásia - se tornou entre os séculos XIV e XVIII, um entreposto comercial. Relatos antigos apontam comerciantes e representantes Okinawanos nas cortes imperiais da China e do Japão. Antes dividida em feudos, foi unificada por Sho Hashi, que tornou-se rei designando o castelo de Shuri como centro administrativo. Invadida pelo clã feudal de Satsuma (atual Kyushu) no séc. XVI, perdeu a independência e o porte de armas foi proibido entre seus cidadãos. Diz-se que o Karatê, como arte marcial, nasceu nesta época.



A HISTÓRIA DO KOBUDO DE OKINAWA



O Kobujutsu - 古武道 - é a arte que engloba o conjunto de armas estudadas nas antigas práticas de guerra. Conhecido atualmente como Kobudo (Caminho das armas antigas). A História do Kobudo de Okinawa é muito difícil de se contar, porque quase todos os documentos sobre esta Arte Marcial foram destruídos nos combates, bombardeios e incêndios que aconteceram durante a segunda guerra mundial. Entretanto, no século XII, apareceram senhores regionais chamados Aji, com suas forças emergidas de seus castelos fortificados chamados Gusuku. Logo estas forças foram divididas em três pequenos reinos, mantiveram guerras contínuas e internas de 1326 até 1429. Em 1429, Sho Hashi uniu à ilha de Okinawa e formou o Reino do Ryukyu. Durante os séculos XIV e XVI, um período conhecido como a "Idade Dourada do Comércio", o Reino florescia como um centro de comércio com a China e outras nações. Entretanto, este comércio foi constantemente ameaçado por piratas, então os marinheiros de Okinawa necessitados em proteger-se em terras estrangeiras desenvolveram técnicas de autodefesa.




Cerca de 1580, Toyotomi Hideyoshi declarou uma lei que proibiu a posse de armas a fim de restaurar a paz e prosperidade no Reino de Ryukyu. Isto ajudou prevenir a perda desnecessária de vidas dentre as pessoas e conter as guerras civis. Esta lei deixou mais uma vez os okinawanos sem defesas contra os Samurais japoneses, estes os únicos a ter permissão portar armas.

Em 1609, o Clã Satsuma atacou destruiu as defesas de Okinawa. Os nativos utilizavam apenas punhais, ineficazes contra o grande arsenal samuraico e navios de guerra. Os únicos instrumentos que os fazendeiros e pescadores tinham eram as ferramentas simples de trabalho.



As Artes Marciais únicas de Okinawa, o Karatê-Do (To-De) e o Kobudo (Ti-Gua) nasceram nesta época. Por longos anos, as técnicas de Artes Marciais Orientais foram incorporadas ao Okinawa Karatê-Do e Kobudo para estabelecer o que conhecemos hoje. Os métodos chineses de luta (Kempo ou Chuan-Fa) foram uma combinação de técnicas de Karate e Kobudo, por exemplo o San-ku-chu, antecessor do Sai. As técnicas de bastão já eram utilizadas por okinawanos para proteção contra agressores. Algumas novas armas foram feitas usando como ferramentas os utensílios dos agricultores, por exemplo, o Nunchaku, a Tonfa e Kamá que foi a única ferramenta com lâmina de metal utilizada naquela época.




Estilos distintos e variados emergiram durante a Era do Reino Ryukyu: o Shuri-Te (Shorin-Ryu) foi centralizado em Shuri, capital do Reino Ryukyu, Naha-Te (Shorei-Ryu e Goju-Ryu) no centro comercial de Naha, e Tomari-Te (Motobu-Ryu e Matsubayashi-Ryu) no distrito portuário de Tomari localizado entre Shuri e Naha. Cada estilo teve seus mestres, os quais, estabeleceram às tradições preservadas até os nossos dias.

As técnicas de Karatê-do e Kobudo foram, por suas naturezas guardadas em segredo. Assim, há poucos registros históricos, e como foram praticamente passadas oralmente de pai para filho ou de mestre para discípulo. Desde a invasão Satsuma, Okinawa foi controlada por um governo fraco sob domínio do Shogunato, até a restauração Meiji, na metade do século 19 onde, seguiu-se a dissolução do reino, e em 1879 acontece à anexação de Okinawa a nação japonesa como uma prefeitura (Estado), novas instituições de Karatê-Do e Kobudo foram incorporadas ao sistema Meiji de educação pública. Lá seguindo um movimento de modernização educacional foram feitas apresentações dessas Artes Marciais ao público geral: durante a Era Taisho (cerca 1910-1926), demonstrações foram feitas por todo o Japão continental, e nos anos da Era Showa as escolas ou estilos – Ryu foram criados, como exemplo:



Shorin-Ryu, Shorei-Ryu, Goju-Ryu, Uechi-Ryu, Isshin-Ryu, Ryuei-Ryu e Matsubayashi-Ryu. Hoje existem muitos estilos, sub-escolas (ryuha) e linhagens (kaiha).




O treinamento rigoroso de Karatê-Do e Kobudo cultivam um grande vigor físico e espiritual. Assim essas artes tradicionais contribuem para construir um caráter forte, sentido de responsabilidade social e o desenvolvimento saudável de corpos e mentes, ofertam estas disciplinas marciais e agora esportivas, o Okinawa Karatê-do e Kobudo hoje dão inspiração para pessoas por todo o mundo. O Kobudo Moderno foi introduzido por Shinko Matayoshi (1888 - 1947), este de uma família rica da região de Naha. Seu treinamento do Kobu-Jutsu começou na adolescência e incluía Bo-Jutsu, Kamá-Jutsu, Eku-Jutsu, Tonfa-Jutsu e Nunchaku-Jutsu. Com 22 anos, ele se aventurou pela Manchúria. Onde aprendeu várias outras artes com armas, incluindo o arco e flecha (Yabusame), fazendo seu método único entre outros estilos de Okinawa de Kobu-Jutsu. Mais Tarde, voltou a Okinawa, trazendo de Fuchou e Xangai (China), mais artes de armas além de acupuntura, ervas medicinais e uma outra forma de Boxe Shaolin (Shoreiji-Kempo). Shinko Matayoshi, foi um dos primeiros a demonstrar o Okinawa Kobudo no Japão continental em 1915.




Em 1921, com a visita do Imperador Hirohito em Okinawa, Matayoshi mostra o seu Kobudo em uma demonstração de Karatê-do Goju-Ryu do Mestre Chojun Miyagi. Shimpo Matayoshi (1922- 1997), Hanshi 10º Dan, filho de Shinko, começa seu treinamento de Artes Marciais em idade de oito anos sob a tutela de Chotoku Kyan (Shorin-Ryu). Em 1934, começou a treinar Karatê-do e Kobudo sob a tutela do pai. Em 1935, passa a estudar com o Mestre Gokenki, chinês radicado em Okinawa, aprendendo o Katá Hakutsuru (Garça Branca) que a seu pai tinha sido ensinado. Depois da morte do pai, ele continuou o legado, assumido as responsabilidades e técnicas ensinadas. Em 1970, ele forma a Federação de Kobudo de Okinawa (Zen Okinawa Kobudo Renmei) e até sua morte em 1997, foi o conselheiro técnico para todos estilos do Okinawa Kobudo. Ele foi também o único karateca a aprender o Kata Hakutsuru diretamente de um mestre Chinês autêntico. Em suas viagens demonstrando seu estilo único de Kobudo, ele foi constantemente solicitado a demonstrar o Hakutsuru, o qual, ele nunca ensinou abertamente para qualquer um. Seu conhecimento sobre o kata da Garça Branca foi incomparável.

Alguns nomes e significados das armas utilizadas:


Bo - basicamente um pedaço de pau com 1,80m de comprimento, utilizado como suporte para carregar água ou para auxíliar a navegação das jangas.

Sai - adaga de três pontas, uma ferramenta auxíliar no enchimentos dos cestos de arroz, que também servia para atingir o adversário com a ponta de metal, furar com a lâmina principal, rasgar com as duas lâminas menores ou unidos em diagonal para defender um possível ataque frontal.
Tonfa - utilizada na retirada da palha do arroz, que servia também para bater com a ponta mais curta ou mais longa no adversário, hoje utilizado como cacete em algumas corporações.
Nunchaku - Também utilizado na retirada da palha do arroz utilizada também para imobilizar o adversário, desarmar ou dar pancadas no adversário.
Sansetsukon - uma ferramenta similar ao nunchaku mas com três partes que era utilizada no transporte dos ramos de arroz até o local de separação da palha.
Kama - Uma foice utilizada na poda da plantação.
Nunti - Lança utilizada na pesca.
Naginata - Lança acoplada na ponta do Bo, também conhecida como arma feminina devido ao fato de mulheres da classe militar japonesa terem o dever de saber manuseá-la perfeitamente ao completar 18 anos.


Kuwa - É uma arma única do Kobudo Matayoshi. Uma enxada de 1,20m de comprimento manipulada similarmente ao Bo.



Kusarigama - Kama com corda ou corrente atada, é usado como o kama mas tem a capacidade de torcer a arma do oponente.



Ji-Kuwa - Tipo de grampo era facilmente carregado nos cabelos ou dentro das vestimentas. Usada em lutas a distância.



Shuriken - É como um dardo usado para acertar um oponente a uma certa distância. As lâminas costumavam ser mergulhadas em veneno ou excremento de cavalo para causar infecção no oponente.



Eku - Remo comum, manipulado similarmente ao Bo. Tipo de ferramenta de pesca.



Tinbei e Rochin - Espada curta e escudo, a combinação destas armas tem origem chinesa.



Katana - Espada samurai japonesa



Yari - Um tipo de lança.

Jutte ou Jitte - Espécie de tridente utilizado contra ataques de espadas e serve de arma de arremeço.



A História do Karatê Goju Ryu


A história do Goju-Ryu funde-se com a arte de Naha-te, da qual o Sensei Kanryo Higaonna (1853-1915) é o seu principal representante. Este passou diversos anos da sua vida na China, estudando vários sistemas de Artes Marciais, com especial influência das artes de Fukien (China). 

Segundo algumas fontes, Higaonna foi discípulo de um mestre Chinês chamado Woo ("Ru", em japonês), o qual o levou consigo por inúmeras escolas de Boxe Chinês. 

Aos 35 anos, regressou a Okinawa e adquiriu a fama de grande lutador. A técnica que ele praticava era bastante diferente da que foi deixada pelos mestres Sakugawa e Matsumara. 

Quando abriu o seu primeiro Dojo em Naha foi para ensinar uma síntese pessoal que combinava elementos do Kempo com elementos do velho “Te” local, adaptando o seu ensino à morfologia dos habitantes da ilha. Seu estilo veio chamar-se de Naha-Te (Mãos de Naha).

Julga-se que foi o mais significativo e experiente Karateca de toda a história nas técnicas de Naha, tal era a sua habilidade que com frequência lhe chamavam “Kensei”ou “Primeiro Santo”. 

Dos seus principais alunos destacam-se Chojun Miyagi e Kyoda Juhatsu.

Nascido em 25 de abril de 1888, em Naha, Chojun Miyagi foi o fundador do estilo de Karatê mundialmente conhecido como Goju-Ryu. 

Levado pela mãe, a fim de prepará-lo para os dias agitados no período da Restauração Meiji e da Guerra Sino Japonesa, começou a treinar com 11 anos no dojo de Ryuko Aragaki e com  apenas 14 anos  iniciou os seus treinos com Mestre Kanryo Higaonna. A mãe do jovem Miyagi creditava que seus filhos deveriam ser preparados tanto na parte física, como na mental.

Apesar de muitos candidatarem-se a discípulo do Mestre Higaonna, não era simples o processo de seleção, visto que este era muito exigente, assim como fora seu mestre na China. A escolha era realizada analisando o espírito, força de vontade, humildade e a vontade de aprender Karatê.

Sempre muito dedicado, o jovem Miyagi teve a honra de ser escolhido como discípulo do Mestre Higaonna. Porém teve que provar que era digno de ser aceito, passando a executar as mesmas tarefas domésticas que seu mestre. Isto Miyagi fez com entusiasmo, eficiência e dedicação, sendo, pelo Mestre Higaonna, considerado como o seu sucessor.
Chojun Miyiagi se casou aos 20 anos de idade e, devido aos seus familiares serem comerciantes bem-sucedidos, passou a cuidar dos negócios da família. Mesmo assim não se afastou da prática constante do karatê.

Entre 1909 e 1911 cumpre o serviço militar. Logo após pensa em partir para o Havaí, a fim de montar uma empresa de pesca, num local onde estavam já estabelecidos emigrantes provenientes de Okinawa. Mas seu Mestre, Higaonna, o aconselhou a ir à China para se aprofundar nas artes marciais. Miyagi aceitou o conselho e, após desistir de ir para o Havaí, seguiu em 1915 para Foochow, na província de Fujian, onde passou a treinar Chugoku Kempo.

Neste mesmo ano, Miyagi foi obrigado a retornar da China, devido ao falecimento do seu mestre Higaonna. Miyagi fez o funeral do seu Mestre, pois este não tinha familiares, e assumiu a responsabilidade do karatê no lugar dele.

Pouco tempo depois, Com apenas 28 anos de idade, decide unir esforços com o seu amigo Kenwa Mabuni, fundador do estilo Shito-Ryu, para desenvolver estudos avançados dentro do karatê e continuar a evoluir. Criam assim um grupo para a investigação e prática desta arte marcial.

Passa então a ensinar no Centro de Treino da Polícia de Okinawa, na Escola Comercial da Cidade de Naha, na Escola Normal de Okinawa e no Centro de Recreação e Saúde de Okinawa, entre outros locais.
A partir deste período Miyagi fez numerosas viagens não só para se aperfeiçoar, mas também para difundir o karatê. Retorna por diversas vezes a Fujian e também a Pequim, passando ainda pela Coréia. Paralelamente, empreende uma dezena de viagens ao centro do Japão, para assegurar a difusão do karatê e formar alunos.

Em 1921, ele foi escolhido para representar o Naha-te em uma apresentação para a visita do príncipe herdeiro Hirohito (que eventualmente viria a tornar-se Imperador), e realizou uma performance impressionante. Ele começou a visualizar o futuro das artes marciais de Okinawa.

Em 1926, aos 38 anos, fundou o "Clube de Pesquisas sobre Karatê", em companhia com os seguintes mestres: Chomo Hanashiro (Shuri-te), Kenwa Mabuni (Shito Ryu) e Motobu Choyo, dedicando seus três próximos anos em treinamentos de kihon, kata, condicionamento físico e aprimoramentos filosóficos e espirituais.
Em 1928/29, Miyagi foi convidado por Gogen Yamaguchi para ir ao Japão, onde iria promover o Goju Ryu. Lá, Miyagi passa a ensinar karatê na Universidade Imperial de Kyoto, na Universidade de Kansai e na Universidade de Ritsumeikan, em Kyoto.

Jigoro Kano, fundador do Judô, em visita a Okinawa, em 1927, conheceu o Mestre Miyagi e ficou bastante impressionado com o seu sistema de karatê.  Convidou-o para realizar demonstrações em campeonatos no Japão. Miyagi aceitou e, nos anos de 1930 e 1932, realizou diversas apresentações. 
 Foi em um destes campeonatos que um de seus melhores alunos, Jinan Shinzato, foi questionado sobre o nome do estilo de karatê que estava demonstrando. Incapaz de responder (naquela altura os estilos estavam apenas relacionados aos locais), ele dirigiu-se ao mestre Miyagi, quem concordou que um nome deveria ser escolhido para o seu estilo único. Esta foi a razão pela qual mais tarde Sensei Miyagi pesquisou um nome para a dar à sua Arte.
Há um texto chinês chamado Bubishi, uma referência histórica muito popular entre os karatekas da época, e nele há oito poemas. O terceiro preceito diz: "O modo de inspirar e expirar é rígido e flexível". Go significa “rígido, duro” e Ju significa “flexível, suave”. Baseado no fato que o seu estilo era a combinação desses ideais, Miyagi passou a se referir à sua arte como Goju Ryu (Estilo Rígido Suave).

O Goju-ryu é o estilo de Karatê que busca o equilíbrio dos opostos, das energias antagônicas e complementares. Ele ensina como agir: se com energia ou brandura, rapidez ou suavidade. Goju-ryu caracteriza-se também por movimentos circulares.

Em 1933 este estilo foi oficialmente registrado como tal no Butoku-Kai, a Associação Japonesa de Artes Marciais. Ainda em 1933, devido aos esforços de Miyagi, o karatê foi reconhecido pela primeira vez pela Daí Nippon Butokukai como Arte do Budo japonês. No mesmo ano ele apresentou seu artigo "Um perfil do Karate-Do". 
                                                                                                                                                      
Em 1934, Miyagi torna-se membro permanente da Seção de Okinawa daquela organização.

No ano seguinte, mestre Miyagi foi indicado como diretor da filial da Butoku-Kai em Okinawa, e viajou para o Havaí, no final do mesmo ano, para lá introduzir o Karatê. Após o seu retorno para Naha, Miyagi foi premiado com uma comenda do Ministério da Educação por seu notável trabalho em serviço do campo da Educação Física.

Em Março de 1935 a Butokukai concede o grau de Kyoshi a Chojun Miyagi. Trata-se de uma graduação excepcional já que o normal seria a graduação em 3º grau (Renshi), graduação que seria obtida cerca de 3 anos mais tarde pelos fundadores das três outras grandes escolas de karatê. Ainda neste ano, de regresso a Okinawa, Miyagi decide nomear a sua escola como Goju-Ryu.

Em 1936, ele retornou para à China, desta vez em Shanghai, para aprofundar mais o seu conhecimento.

Em 1937 o Ministério da Educação Japonês concede-lhe a “Medalha de Excelência em Artes Marciais”. Ainda em 1937, passa a liderar uma associação criada pela Butokukai para inspecionar e regular o karatê em todo o território japonês.
Em 1940, Sensei Chojun Miyagi formou as duas primeiras formas oficiais de Goju-Ryu: Gekisai dai ichi e Gekisai dai ni. 
Quando Okinawa foi ocupada durante a Segunda Guerra Mundial, muitas vidas se perderam, incluindo o seu filho mais velho e duas das suas filhas, bem como o seu aluno mais velho (Jin'an  Shinzato). Esta foi uma época muito turbulenta na história de Okinawa e da arte do Karatê.
Miyagi foi forçado a deixar de lado seu treinamento enquanto sua terra natal era reerguida após a guerra. 
Em 1946 foi nomeado Diretor da Associação de Educação Física Civil de Okinawa, recomeçando os seus treinos outra vez na Academia de Polícia e no Dojo de sua casa nomeado "Jardim". Foi lá onde treinaram Anichi Miyagi, Seiko Higa, Meitoku Yagi, Eiichi Miyazato, Seikichi Toguchi e, por um breve período, Teruo Chinen, junto com outros notáveis karatecas.
Mestre Miyagi morreu em 9 de outubro de 1953, após um ataque cardíaco. Com sua repentina morte, não deixou um sucessor oficial para dar continuidade ao seu trabalho. Alguns mestres de karatê deram continuidade à sua arte como: Seigo Higa, Eiichi Myazato, Meitoku Yagui, Seikichi Toguchi, em Okinawa; e mestres como: Gogen Yamaguchi e Seigo Tada.
O Mestre Chojun Miyagi deixou-nos seu maior legado, o KARATÊ GOJU RYU.

fonte: sites.google.com/a/karatedasmeninas.com/www/goju-ryu 



MESTRE KANRYO HIGAONNA

Mestre Kanryo Higaonna nasceu em 10 de Março de 1853, na cidade de Naha, atual capital da província de Okinawa, como o quarto filho de Kanyo e Makado Higaonna. 
Conhecido desde pequeno pelo apelido "Machu", já se destacava pela agilidade e velocidade nas brincadeiras em que tomava parte e já demonstrava o interesse precoce pelas artes marciais, mas de acesso extremamente restrito e muito jovem ainda, teve que esperar mais alguns anos para iniciar-se nas artes de luta. Aos 16 anos, finalmente, iniciou seus treinamentos com um desconhecido mestre chinês de Fukien que vivia em Okinawa.
Apesar de treinar com este desconhecido mestre, o jovem Higaonna destacou-se devido à sua habilidade natural, combinada com sua agilidade e velocidade e, com isso, tornou-se conhecido em Naha.
A influência deste mestre tornou-se importante, pois através dele o jovem Higaonna ouviu histórias sobre grandes mestres chineses. O desejo de aprimorar-se no Shorinji Kempo se tornava, a cada dia, a meta de sua vida.
Este crescente desejo de viajar para a China esbarrou num obstáculo poderoso, a falta de recursos financeiros, pois seus pais não podiam bancar este sonho sem comprometer o sustento dos irmãos restantes.
Anos mais tarde, finalmente, a obsessão deste jovem se concretizou. O Sr. Udon Matsumura patrocinou a viagem do futuro mestre à tão sonhada "Terra do Centro", a China.
Então, em Novembro de 1874 com 22 anos de idade, ele parte para China com destino ao Porto de Foochow, na província de Fukien.
Chegando lá, sua primeira providência foi procurar o Mestre Ryu Ryuko, mas a sua aceitação como discípulo não foi imediata. Como era costume na época, poucos eram os agraciados com tal honra e, mesmo assim, teriam que submeter-se a um longo e cansativo processo para que o mestre permitisse sua presença nas aulas.
Durante um longo tempo, executou tarefas domésticas como jardinagem e limpeza da casa, entre outros. Eram serviços aparentemente humilhantes, mas que demonstravam a real vontade do postulante a aluno.
O jovem Higaonna finalmente foi aceito, iniciando uma rotina rigorosa de treinamentos. Além disso, auxiliava o mestre na sua outra atividade, a confecção de artefatos de bambu.
Durante este período, aprendeu os katas que tornaram-se  a base do Karate Goju Ryu. São eles: Sanchin (revisado pelo Sensei Miyagi), Saifa, Seienchin, Sanseiru, Seisan, Shisoochin, Seipai, Kururunfa e Suparinpei.
Após 15 anos de rigorosos treinamentos, o Mestre Higaonna retornou à Okinawa e seu primeiro ato foi agradecer ao Sr. Matsumura o patrocínio de sua viagem. Este, impressionado com o jovem sonhador que conhecera, transformado agora em um mestre com semblante vigoroso, porém mantendo a mesma humildade e caráter de anos atrás, convidou-o a ensinar Karate a seus filhos.
Sua fama rapidamente espalhou-se pela ilha, chegando ao conhecimento do Rei de Okinawa, que convidou-o para ensinar Karate aos membros da família real e à toda nobreza. Apesar da fama alcançada, o Mestre Higaonna não mudou seu modo de ser, mantendo sempre a postura humilde, não alardeando sua capacidade física e sua técnica.
O Mestre Higaonna inaugurou seu primeiro Dojo em Nishimachi, ensinando o Naha Te de graça, pelo simples prazer de passar a sua arte. Em 1905, começou a dar aulas em uma escola pública, sempre enfatizando que a essência do Karate se baseia no equilíbrio do corpo com o espírito.
Vários adjetivos foram atribuídos a ele, entre os quais podemos destacar "Pontapé Poderoso" e "Punhos Sagrados".
Formou vários alunos dos quais se destacaram:
Juhatsu Kyoda - Criador do Tonn Ryu 
Mabuni Kenwa - Criador do Shito Ryu 
Chojun Miyagi - Criador do Goju Ryu, seu principal discípulo, que o acompanhou até o momento de sua morte, em outubro de 1916.

fonte: sites.google.com/a/karatedasmeninas.com/www/goju-ryu




MESTRE MIYAGI CHOJUN

O Mestre Miyagi Chojun, nasceu em 25 de abril de 1888, na cidade de Naha, Okinawa, em uma família de mercadores que possuíam dois navios mercantes e importavam produtos medicinais da China. 
Iniciou-se no karate aos 11 anos de idade, levado pela mãe ao Mestre Arakaki Ryuko, a fim de prepará-lo para os dias agitados no período da Restauração Meiji e da Guerra Sino Japonesa. A mãe do jovem Miyagi acreditava que seus filhos deveriam ser preparados tanto na parte física, como na mental.
Após três anos junto ao Mestre Arakaki, trabalhando muito com o makiwara, musculação e karate, este apresenta-o ao Mestre Higaonna, já famoso em Okinawa.
Apesar de muitos candidatarem-se a discípulo, não era simples o processo de seleção, pois Mestre Higaonna era muito exigente, assim como fora seu mestre na China. A escolha era realizada analisando o espírito, força de vontade, humildade e a vontade de aprender Karate.
Apesar de ter tido a honra de ser escolhido como discípulo, o jovem Miyagi teve que provar que era digno de ser aceito, passando a executar as mesmas tarefas domésticas que seu mestre e o fez com entusiasmo, eficiência e dedicação.
Até então o jovem praticante não tinha consciência do que esta arte mudaria a sua vida e apesar de se esforçar e amar o karate profundamente, jamais imaginou a dimensão que o Goju Ryu alcançaria no mundo todo.
O jovem Miyagi, não se contentou em apenas praticar o exaustivo treino sob a tutela do Mestre Higaonna à noite. Durante o dia corria quilômetros, fazia musculação na praia e tal era o esforço despendido que não conseguia alcançar o seu quarto, dormindo no hall de entrada de sua casa.
Miyagi ficou famoso e foi convidado por um professor de Judo a lecionar karate na Universidade de Ritsumeikan em Kyoto, primeiramente em 1935 e depois em 1941, onde formou vários alunos que tiveram participação importante no crescimento do Karate Goju Ryu, tais como os mestres Tomoharu Kizaki, Kuranosuke Kimura, Soo Nei Chu, Seigo Tada, Shozo Ujita, Kenzo Uchiage, Kyo Mori, Hamaguchi, entre outros.
Neste período realizou várias demonstrações como no Daí Nippon Butokukai, no Saineikan Budo Castle, em 1932, local em que o Mestre Seigo Tada lecionou 15 anos depois.
O Mestre Miyagi era o legítimo sucessor do Mestre Higaonna e o acompanhou até o seu leito de morte
Mestre Miyagi morreu em 9 de outubro de 1953 após um infarto cardíaco. Com sua morte repentina, não deixou um sucessor oficial para dar continuidade ao seu trabalho. Alguns mestres de karate deram continuidade à sua arte como, Seiko Higa, Eiichi Myazato, Meitoku Yagui, Seikichi Toguchi, Jin’an Shinzato, em Okinawa, e mestres como Gogen Yamaguchi e o nosso saudoso Mestre Seigo Tada, em Honshu.
O Mestre Miyagi Chojun deixou-nos seu maior legado, o KARATE GOJU RYU.

fonte: sites.google.com/a/karatedasmeninas.com/www/goju-ryu



KATA

Um kata é um padrão de movimentos que contêm uma série lógica e prática de técnicas de bloquear e atacar. Em cada kata há certo jogo ou movimentos predeterminados que o estudante pode praticar sozinho. Os kata foram criados por mestres depois de muitos anos de pesquisa, treinamento, e experiência de combate real.

As aplicações das técnicas dos kata evoluíram depois de testadas em combate real. Deste modo cada kata foi melhorado e refinado, e evoluiu no kata que nós praticamos hoje. Por causa do tempo e a evolução complexa do kata é impossível localizar o desenvolvimento exato que o kata sofreu, mas é conhecido que os antigos mestres estudaram as técnicas combativas e movimentos, observando as lutas de animais, animal contra homem, e homem contra homem. Eles também estudaram a fisiologia do corpo humano e sua relação para combater, levando em conta vários fatores, como a circulação do sangue durante as vinte e quatro horas do dia, a vulnerabilidade dos pontos vitais em relação ao tempo, e outras leis cíclicas da natureza como a subida e o pôr-do-sol, e a elevação e a descida das marés. Todos estes elementos estão incorporados no kata.

O propósito e o desenvolvimento do Kata também variou com o tempo e com as pessoas que os desenvolveram. Por exemplo, na China foi desenvolvido kata à mais de 1600 anos e praticado com a finalidade de autodefesa, considerando que os monges budistas praticariam kata com a finalidade de fortalecer o espírito como também o corpo.

O verdadeiro significado e espírito de Karate estão inseridos no kata e só pela prática do kata poderemos entender. Por isto, se nós mudamos ou simplificamos o kata para ajudar o iniciante ou então para prática de torneios, nós teremos perdido também o verdadeiro significado e espírito do Karate.

No Karate não se ataca primeiro. Todo kata começa com um movimento defensivo que exemplifica este espírito. Não só não se ataca primeiro, mas a melhor defesa é evitar a briga completamente. Por isso é que se diz que o Karate é a arte do homem sábio.

Para praticar o kata corretamente, todos movimentos devem ser repetidos inúmeras vezes. Só por repetição constante as técnicas se tornam ação reflexiva. Felizmente, um aspecto importante do kata é que se pode praticá-lo sozinho, a qualquer hora e em qualquer lugar. Quando o kata é executado por uma pessoa bem treinada, seu poder dinâmico e sua beleza de movimentos formam uma grande qualidade estética.

Quase todos os kata Goju-ryu foram passados pelo mestre Higaonna Kanryo Sensei. Higaonna Sensei estudou e treinou por muitos anos com o mestre Ryu Ryuko Sensei na Província de Fukien, China. Os seguintes Kata foram passados por Higaonna Sensei vindos de Ryu Ryuko Sensei: Sanchin, Saifa, Seiyunchin, Shisochin, Sanseru, Sepai, Kururunfa, Sesan, e Suparinpei. Os criadores originais destes kata são desconhecidos.

撃砕一
Geki-sai-dai-ichi:
As traduções deste Kata podem ser demolir, destruir ". Os Gekisai Kata foram introduzidos no Goju-Ryu por Miyagi Sensei para dar aos iniciantes nesta arte marcial uma primeira percepção. Eles foram desenvolvidos por volta de 1944. Este kata é chamado Shinsei em Shito-Ryu e Fukyu Kata Ni em Matsubayashi-Ryu.

撃砕二
Geki-sai-dai-ni:
Começa a incorporar tai-sabaki e padrões de bloqueio mais suaves (Kake-uke).

砕破
Sai-fa:Saifa traduz-se "esmagar, rasgar". Saifa ajuda a promover o poder de chicoteamento gerado pelo movimento dos quadris em conjunto com movimentos suaves e duros dos braços. Saifa também ajuda a desenvolver o tai-sabaki e o equilíbrio. Ensinado como o primeiro kata de Heishu em muitas escolas de Goju-Ryu é de origem chinesa, trazido para Okinawa por Kanryo Higaonna.

制引戦
Sei-un-chin:
Muitas traduções existem para o nome deste kata, mas " puxar para dentro e combater " parece o mais apropriado. Esta forma complexa não possui nenhum golpe de perna, e a maioria das técnicas de mãos são executadas em kiba-dachi. Mencionado como um dos 2 kata de treinamento do Goju-Ryu (junto com Seisan) por Meitoku Yagi, Seiunchin é ensinado como o kata da faixa marrom em muitas organizações de Goju-Ryu modernas.

三十六手
San-seru:Sanseru, escrito em chinês, é o número 36. Simbolicamente é calculado na forma de 6 X 6. O primeiro 6 representa olho, orelha, nariz, língua, corpo, e espírito. O segundo 6 simboliza cor, voz, gosto, cheiro, toque, e justiça. Acredita-se que este kata foi ensinado por Aragaki Seisho antes de Kanryo Higashionna fazer sua viagem para a China. Ryuei-Ryu também pratica Sanseru, sendo bem parecido com a versão do Goju-ryu.


三戦
Sanchin:
Sanchin quer dizer " Três batalhas ". O princípio subjacente é a batalha entre a mente, a alma e o corpo. Originalmente este kata foi ensinado por Sensei Higashionna com as mãos abertas (como ainda é praticado em Uechi Ryu). Higashionna o mudou para mãos fechadas. O Sanchin de Miyagi Chojun Sensei preserva a essência do Sanchin de Higaonna Kanryo Sensei do qual é uma variação. Miyagi Sensei o desenvolveu para equilibrar o anterior. Seu desempenho requer um uso diferente dos músculos, conduzindo-o a um desenvolvimento mais simétrico. Isto é importante para um melhor funcionamento do corpo, e especialmente na prevenção de danos na parte de trás e outras áreas.Considera-se que o kata Sanchin é o aspecto duro (Go), e Tensho representa o suave (ju) de Goju.

転掌
Ten-sho:
Tensho quer dizer palmas giratórias. Este kata vivente foi desenvolvido por Sensei Miyagi baseado no kata Chinês Rokkishu. Rokkishu, que significa 6 Mãos , denota as diferentes posições das mãos neste kata. Um dos propósitos do kata Tensho é a concentração em pontos inconstantes ao se executar os movimentos de mãos suaves. Além disso, dentro destes movimentos de mãos suaves, um grande poder é gerado.

四向戦
Shisochin:Quer dizer "batalha em quatro direções". é de origem chinesa, ensinada a Kanryo Higaonna por Ryu Ryuku. É dito que é um do katas favoritos de Chojun Miyagi, bem adaptado ao seu corpo.

十八手
Sepai:
Sepai traduz-se pelo número 18. É calculado na forma de 6 X 3. O 6 aqui é o segundo 6 de Sanseru. O 3 representa o bem, o mal, e a paz.Contém muitas técnicas escondidas que servem para confundir o oponente durante a luta. Sepai é a continuação do Kata Seisan.

十三手
Sesan:
Traduz-se pelo número 13. É praticado por muitos estilos Okinawenses (Shuri e Naha). Acredita-se ser um dos kata mais antigos em Okinawa, este kata acentua o fundamento de várias técnicas de chutes. Conhecido como um dos 2 kata de treinamento do Goju-Ryu por Meitoku Yagi, este Kata começa como o Kata Sanchin, e contém técnicas destinadas a dominar a linha de centro do oponente, e também vários chutes baixos. Estranhamente, muitas organizações de Goju-Ryu atuais incluem este Kata no fim do currículo.

久留頓破
Kururunfa:
Este kata avançado foi trazido da China, caracterizado por Tai Sabaki, manobras evasivas, e muitos movimentos enérgicos. Kata original de Ryu Ru Ko Sensei lhe foi ensinado em Fuzchou na Província de Fukien, China, e foi passado para Kanryo Higaonna Sensei e mais tarde para Chojun Miyagi. O criador original deste Kata é desconhecido.
O seu significado é:
1. dezessete
2. ficou firme.
3. Ku (longo), ru (segure), run (súbito), fa (fratura)
4. "Sempre parado"
Os muitos movimentos em Kururunfa incluem Tai Sabaki ou manobras evasivas e são muito rápido seguido por movimentos pesados (duro seguiu por macio) semelhante a Sesan e uma variedade larga de outros movimentos (muitas mão aberta) atacando e defendendo ou apanhando. Kururunfa também utiliza uma combinação coordenada com movimentos de quadril. Kururunfa ensina equilíbrio excepcional e transições de uma posição para outra. Este é o segundo mais alto de todos o Goju Ryu Kata

壱百零八手
Suparimpei:Suparinpei (o número 108 em chinês) tem uma significação especial em Budismo. Acredita-se que o homem tem 108 paixões más, e assim, em templos budistas no dia 31 de dezembro à meia-noite, um sino é tocado 108 vezes para afugentar esses espíritos. O número 108 de Suparinpei é calculado na forma de 36 X 3. O simbolismo do número 36 é determinado na explicação de Sanseru. O número 3 simboliza passado, presente e futuro. O número 3 também é significante em TODOS os aspectos de Goju Ryu claramente evidente em Kata Sanchin (três batalhas!).

Suparinpei é um Kata original de Ryu Ru Ko Sensei .Visualmente é semelhante ao Kempo Kata do Dragão! Sua contraparte de Okinawan é Pecchurin, criado por Kenwa Mubini Shito Ryu e tem o mesmo padrão e quase os mesmos movimentos.
Suparinpei é o número 108 em chinês e o próprio Kata às vezes é chamado ou traduzido assim:
1. 108 mãos
2. as 108 mãos finais
3. 108 técnicas
Também é acreditado que Suparinpei pudesse estar em referência aos 108 homens que roubaram dos ricos e deram aos pobres, no ano de 1600 na China. Suparinpei é o mais longo Kata Goju Ryu e o que contém mais aplicações e técnicas que qualquer outro Goju Ryu Kata. Pegadas (Kakie), Tenshin, Hayakunai, técnicas de Sabaki, fraturas, contramedidas ofensivas, e até mesmo tem dois chutes não vistos em qualquer outro Goju Ryu Kata. Muitas das técnicas neste Kata também podem ser vistas em Katas inferiores (Sesan e Sanseiru, etc…).

(Os Katas sofrem alterações nos kanjis assim como o nome dependem do estilo)

KOBUDO

É a arte de manipulação de armas ou instrumentos de uso diário ( nos tempos antigos ), para a própria defesa.
Esta arte é peculiar das ilhas Ryukyu (Okinawa), embora recebesse influências chinesas, a manipulação das armas é diferente.
Atualmente, somente alguns professores de Karatê ensinam o básico do Kobudo para seus alunos.
Um pouco de História
Em 1429, o rei Sho Hashi uniu as três partes de Okinawa, criando o reino Ryukyu, e, para diminuir a possibilidade de revolta, ele declarou proibido o porte de armas              ( Kin bu ).
Ninguém, além do exército do rei e alguns nobres poderiam portar armas.
E, claro, pessoas pobres precisavam de ajuda contra as espadas dos soldados e bandidos.
Para se defender, os cidadãos de Okinawa começaram a praticar Artes Marciais, surgindo daí o Okinawa-tê que mais tarde viria a ser a base para o Karatê e o Kobujutsu ou Kobudo.
Mais tarde, no início do século XVII, Okinawa foi ocupada pelo Japão, o exército do rei Sho Hashi foi derrotado e a população não tinha como resistir aos samurais, ficando mais uma vez subordinada a uma ditadura, desta vez do exército japonês.
Okinawa então, foi transformada em um protetorado japonês.
Apesar das técnicas de mão vazia ( Na época conhecida como Okinawa-tê ) desenvolvidas nos campos de batalha serem eficazes, elas não o eram contra ataques em massa.
Devido à proibição do uso de armas, os Okinawenses passaram então a lutar utilizando como apoio, ferramentas agrícolas e instrumentos de uso diário nascendo assim o KOBUJUTSU (hoje, convertida em KOBUDO).

KIHON

Kihon (基本 ou きほん básico, fundamental?), nas artes marciais japonesas, refere-se normalmente às técnicas básicas, consideradas princípios fundamentais, como o kendo, aikido e karate.
O conteúdo dos treinos é composto atualmente de repetições das técnicas, reduzido neste contexto, àqueles movimentos de aprendizado mais natural: as sessões com práticas de kihons permitem até ao praticante inicial de uma arte marcial melhorar a velocidade e a potência de suas técnicas, junto com a correção da respiração, dos movimentos de pés e da postura. 


Os kihons são movimentos de defesa e ataque praticados pelo carateca, na formação da estrutura básica da postura, bem como na execução de seus movimentos. Podem ser aplicados parado ou em movimento (andando). São utilizados nomes em japonês que associados ao kihon definem o número de repetições dos movimentos. Por exemplo: kihon go ho - são 5 repetições do kihon; kihon san - são 3 repetições do kihon. Há ainda o kihon parado (kihon sonoba). Muito utilizado para o fortalecimento da postura do praticante da arte marcial. No caratê do estilo Seigokan, Kihon é o nome do primeiro kata, que se aprende ainda na faixa branca.

O carateca deve praticar Kihon pensando em:
Forma - O equilíbrio e a estabilidade são necessários para as técnicas básicas. Os movimentos de Karate implicam a mudança constante do centro de gravidade corporal exigindo bom equilíbrio e um bom controle do corpo.
Força e velocidade- A força se acumula com a velocidade. A potência do kime numa técnica básica de karate se origina pela concentração máxima de energia no momento do impacto e isto depende muito da velocidade com que se produz a ação.
Concentração e relaxação da força - O maior nível de potência vem de concentrar a energia de todas as partes do corpo no objetivo.
Aumento da energia muscular - O fortalecimento dos músculos requer um adestramento constante.
Ritmo e coordenação - Em qualquer esporte a atuação de um bom atleta é muito rítmica sempre. Adquirir sentido do ritmo e do tempo é uma forma excelente de progredir na arte do Karate-do.
Utilização dos quadris - O movimento dos quadris joga um papel fundamental na execução das diversas técnicas de Karate-do. A rotação dos quadris dá força à parte superior do corpo ajudando-nos assim a realizar murros e bloqueios com mais força.
Respiração - O karateka deve combinar perfeitamente sua respiração com a execução das técnicas. Respirar adequadamente aumenta a habilidade do karateka para relaxar-se e concentrar a máxima força em suas técnicas.

TAISO

Alongamento

Alongamento é um tipo de exercício físico orientado para a manutenção ou melhora da flexibilidade.
Praticá-lo é muito comum em atividades físicas esportivas como ginástica e corrida, atividades não esportivas como a ioga e o balé, e em reabilitação como a fisioterapia. Os exercícios de alongamento devem ser realizados, preferencialmente após um bom aquecimento, como corrida leve ou exercícios calistênicos, pois a temperatura muscular geral ou específica afeta a flexibilidade.[1] Alongamentos são exercícios voltados para o aumento da flexibilidade muscular, que promovem o estiramento das fibras musculares, fazendo com que elas aumentem o seu comprimento. O principal efeito é o aumento da flexibilidade.
Quanto mais alongado um músculo, maior será a movimentação da articulação comandada por ele e, portanto, maior a flexibilidade, o que o torna uma prática fundamental para o bom funcionamento do corpo, proporcionando maior agilidade e elasticidade, além de prevenir lesões.
Essencial para o aquecimento e relaxamento dos músculos, deve ser uma atividade incorporada ao exercício físico, mas também pode ser praticado sozinho. Qualquer pessoa pode aprender a fazer alongamentos, independentemente da idade e da flexibilidade. Mesmo quem apresenta algum problema específico pode fazer alongamentos, mas com menos intensidade.
Quando feitos de maneira adequada, os alongamentos trazem os seguintes benefícios: reduzem as tensões musculares; relaxam o corpo; proporcionam maior consciência corporal; deixam os movimentos mais soltos e leves; previnem lesões; preparam o corpo para atividades físicas, e ativam a circulação.

Aquecimento

Aquecimento é uma técnica normalmente praticada antes de atividades desportivas ou de exercícios físicos. Consiste em aumentar gradualmente a intensidade da atividade física, incrementando também a temperatura corporal.
O principal objetivo do aquecimento é preparar o organismo para o esporte, seja em treinamento, na competição ou no lazer. Ele visa obter o estado ideal psíquico e físico, a preparação para os movimentos e principalmente prevenir as lesões.

KUMITE

Kumite (組手? encontro de mãos) é nas modalidades modernas das artes marciais japonesas um dos componentes de treinamento e de competição, é a luta, o combate. No caratê, conjuntamente com o kihon e o kata forma a tríade básica de sua didática. É classificado conforme a finalidade pedagógica. Nem sempre foi parte das aulas porque os mestres consideravam arriscado praticá-lo sem necessidade real de luta.
Existem dois tipos de treino com luta mais praticada: jyu kumite, ou combate livre com controle; shiai kumite, combate de competição, semi-livre, com controle extemo dos golpes.

Shiai Kumite

Shiai kumite (試合組手? luta recreativa) é combate com regras oficiais e tempo definido, é a modalidade utilizada em competições. E, de acordo com a organização promotora do evento, variam as contagem e valoração das técnicas, sendo as mais comuns shobu ippon, shobu ippon han e nihon, ou, um, um e meio e dois pontos, respectivamente. Geralmente lutado no tatame. Te como objetivo marcar pontos com golpes leves. Os chutes somente são válidos acima da cintura e aplicados com a canela ou peito do pé. A luta é parada a cada ponto marcado

Jyu Kumite

Jyu kumite (自由組手 Jiyū kumite?, combate livre), sem regras, uso livre de todo o tipo de técnica, tanto de braços como de pernas, luxações, projeções, estrangulamentos, etc. Todavia, os praticantes devem ter em mente o respeito para com o colega e não procurar um golpe realmente traumatizante, pois a finalidade é desenvolver a arte marcial e não vencer o outro.
A modalidade possui três variantes chamadas: light contact, full contact e low kick.
Light contact: Lutado geralmente também no tatame. Variante do full contact, com as mesmas técnicas de forma contínuas, mas bem controladas, onde predomina a técnica, perícia e velocidade em detrimento da força. Ganha quem aplicar mais golpes certeiros demonstrando uma técnica mais apurada.


Full contact: Nesta modalidade, os atletas podem utilizar técnicas de mão do boxe tradicional e todos os tipos de chutes, que atinjam o adversário da cintura para cima, observando a linha lateral e frontal do tronco e cabeça.



Low kick: É um full contact mais completo no qual é válido o uso de caneladas nas coxas interna e externamente obedecendo à linha do joelho para cima.


GOJIN JUTSU

Defesa pessoal, ou autodefesa, é um conjunto de métodos vários que podem ser utilizados para deter um ataque pessoal.
As técnicas de defesa pessoal têm sido derivadas das artes marciais tradicionais, adaptadas para uso por pessoas comuns para defender-se mesmo em sua vida normal.
Em defesa pessoal utilizam-se técnicas simples e se ensaia evitar os movimentos complexos.
Utilizam-se principalmente bloqueios, retenções e alavancas para dominar o adversário de maneira o mais rápida possível acortanda o tempo de combate para evitar riscos e deixar em segundas planas diferenças físicas.
A defesa com mãos nuas pode completar se com armas próprias ou impróprias, que podem ser ou facas ou armas de fogo ou qualquer coisa que seja próxima no momento do conflito.


DOJO KUN


Dojo-Kun - 道場訓. É o conjunto de cinco preceitos (kun - 訓) que são normalmente recitados no começo e no fim das aulas de Karatê no dojo - 道場 (local de treinamento). Estes preceitos representam os ideais filosóficos do Karatê e são atribuídos a um grande mestre da arte do século XVIII, chamado Tode Sakugawa.



Cinco Preceitos



1º Trabalhe duramente para forjar técnicas apropriadas de Karatê, treine o corpo e ocupe-se sempre cultivando um caráter completo;

2º Construa um espírito forte e trabalhe duramente para ser capaz de controlar-se em situação de grande dificuldade;
3º Mostre respeito para com os mais velhos e oriente amavelmente os mais novos;
4º Nunca diga palavras ou comportamento impróprio, isto danificaria a honra do Karatê;
5º Tenha sempre orgulho de ser Karatê-Ka, nunca permita que seja levado pelo impulso da fúria, sempre analisando as atitudes drásticas e transformá-las em comportamento correto.

MAKIWARA - 巻藁


A palavra Makiwara é composta de duas outras palavras, literalmente, “enrolar” (maki) “em palha” (wara), isto é, “enrolar em palha” - 巻藁 - O que é Makiwara? Originário da ilha de Okinawa, Makiwara é uma tábua vertical, de cerca de 1,80m de altura, envolvida em corda ou material esponjoso de forma a que amorteça o choque causado pelo impacto da técnica, e que é utilizada para o treino de técnicas de karate, sobretudo um fundamental método tradicional de treino onde se adquire perícia; velocidade; "kime", foco, estabilidade; controlo muscular e controlo de respiração, juntando a tudo isto um sentido apurado de concentração e desenvolvimento do "Ki". É importante que o Karateka pratique com bastante regularidade, obtendo com isso largos benefícios não só no apuramento das suas técnicas mas também no vigor físico, como o importante fortalecimento do "Hara".

Como fazer um Makiwara?
Primeiro, deve abrir-se um buraco no solo com cerca de 40 cm e nele colocar verticalmente uma tábua com cerca de 1,80m por 30cm. Em seguida, deve fixar a parte inferior da tábua com pedras, tijolos, cimento, ou qualquer outro material. Quanto à makiwara propriamente dita deve ser feita em palha de arroz ou ráfia natural com cerca de 6 centímetros de grossura enrolada com corda de cânhamo ou juta entrançada, quanto à largura deve ser semelhante à do suporte. A parte forrada da makiwara deve estar à altura do peito, pois se estivesse mais alta o soco seria ascendente e perderia a sua força.

Como utilizar Makiwara?
Principalmente usado para treinar técnicas de punho, foco e impacto, deve ser utilizado tendo em conta todas as variáveis de uma técnica correcta, nomeadamente boa forma, equilíbrio, rotação das ancas, etc. No entanto, há que ter cautela porque o seu uso excessivo ou incorrecto pode danificar as articulações. A sua utilização é desaconselhada para adolescentes ou crianças abaixo dos 15/16 anos, podendo, em sua substituição, serem utilizados plastrons, etc, uma vez que a sua estrutura óssea ainda não se encontra completamente formada, podendo causar-lhes deformações. Pode ser utilizado quase da mesma forma que um saco de impacto, com técnicas de mão aberta e fechada, pontapés, joelhadas e cotoveladas.  
Apesar dos inerentes benefícios, reconhecidos na utilização frequente do Makiwara quanto ao aperfeiçoamento técnico, na verdade, preferem-se os plastrons atuais devido ao seu revestimento que amortecem melhor o impacto do que o tradicional revestimento de palha de arroz. De qualquer modo, existem efeitos prejudiciais que inevitavelmente aparecerão a nível articular, sendo importante não descurar um dos lados, como em todas as técnicas, porque tende a criar um desequilíbrio muscular ao favorecer um lado dominante.

NEWAZA

Newaza (寝技?) é o conjunto de técnicas das artes marciais japonesas que são executadas no chão, ou seja, aquelas técnicas, sejam elas quais forem, keri waza, katame waza, nage waza, desde que o lutador esteja rente ao solo, vale dizer, sem estar em posição de pé ou genuflexa, será considerada newaza. Particularmente, quando se refere ao judô ou jiu-jitsu, há certa sinonímia com as técnicas de imobilização (submissão), ou katame waza.

Como se trata de uma arte que deriva diretamente dos campos de batalhas, onde se enfrentavam os samurais, submeter o adversário era questão de vida ou morte e, nesse contexto, as técnicas de submissão e controle denominadas Katame waza (固技), utilizadas no domínio no solo, são um grupo composto que incluem: 
Osaekomi waza (押込技?) - Técnicas de imobilizações
Shime waza (絞技?) - Técnicas de estrangulamentos
Kansetsu waza (关节技?) - Técnicas de articulação
Ainda que as técnicas de submissão sejam em sua grande parte e na maioria das vezes aplicadas em solo, estas podem ser usadas em pé. Daí não se pode dizer que são expressões sinônimas, isto se revela mais verdadeiro em outras modalidades de lutas que as empregam, como karatê e aikidô.
As técnicas de arremesso e as técnicas de domínio no solo são inseparáveis, ambas trabalha juntas auxiliando uma a outra para decidir uma vitória ou uma derrota, sendo katame waza as seqüências de um arremesso, assim as técnicas de nage waza possuem um grande poder.
A melhor e mais correta ordem a seguir no aprendizado das técnicas de domínio no solo é começar com as imobilizações, seguindo com os estrangulamentos e terminando com as técnicas de articulações. O ideal é que o foco inicial seja o conhecimento das técnicas de imobilização até que os movimentos principais façam parte da reação natural do corpo.

TAMESHIWARI

Tameshiwari (試し割り teste de quebramento?) são as técnicas pelas quais um praticantes de artes marciais japonesas condiciona o corpo, para conseguir quebrar tábuas, telhas, gelo e outros materiais. O escopo precípuo da técnica não reside exatamente no rompimento do objeto, mas, antes de tudo, por à prova os conhecimentos adquiridos, controle mental e confiança.
Trata-se de uma técnica que é praticada por vários estilos de karatê, com maior ou menor ênfase, a despeito de o Karatê despostivo não a adotar. Também é prática corrente em taekwondo, kung fu, silat, alguns estilos tradicionais de jiu-jitsu, entre outras modalidades de luta.

PALAVRAS EM JAPÔNES E SUA TRADUÇÃO (NIHONGO)

Age – Ação de erguer, levantar
Ai hanmi – Posição relativa de dois praticantes, com a mesma perna à frente
Aikido – Literalmente: via da harmonização da energia
Ashi – Perna, pé
Ashi barai – Varrimento com o pé
Atama – Cabeça
Atemi – Batimento
Awase – Combinação, junção, harmonização
Ayumi – Andamento
Barai – Varrimento
Bo – Pau longo
Bojutsu – Técnicas de bastão
Bokken – Sabre de madeira
Bu, Bushi – Guerreiro
Budo – Caminho do guerreiro, artes marciais
Chi – Palavra chinesa para energia vital, o mesmo que “Ki”.
Chudan – Nível médio (do pescoço até à cintura)
Dachi – Posição
Dai – Grande
Dan – Nível, grau ( faixa preta )
Do – Via, caminho
Dojo – Local de treino de Budo
Embusen – Diagrama de uma kata
Empi – Cotovelo, o mesmo que “hiji”
Fumi – Esmagar
 Gedan – Nível baixo (da cintura para baixo)
Geri – chute
Gi – Fato para a prática de Budo composto de Uwagi (casaco), Zubon (calça) e Obi (cinto)
Go-no-sen – Táctica de deixar o oponente atacar primeiro para contra-atacar
Gyaku – Contrário, inverso
Hajime – Iniciar, começar
Happo – Oito direções
Hara – Abdômen
Heiko – Paralelo
Henka – Mudança (de posição)
Hidari – Esquerda
Hiji – Cotovelo
Hiki-te – Recuo do punho até o quadril
Hiza – Joelho
Ho – Direção, sentido
Ho – Método
Ippon – Um (ponto, passo, ataque, etc.)
Ippon-kumite – Exercícios com parceiro com 1 ataque 1 defesa
Irimi – Movimento de entrada (no círculo do adversário)
Jitsu (jutsu) – Técnica
Jiyu – Livre
Jiyu-ippon-kumite – Combate livre (controlado) com um só ataque
Jiyu-kumite – Exercícios controlados com parceiro em que as formas de combate são livres
Jo – Alto
Jodan – Nível alto (do pescoço para cima)
Joseki – Lado superior, lugar de honra no Dojo.
Ju – Suavidade, suave
Judo – Caminho da suavidade
Ju-kumite – Combate em suavidade
Kagi, Kake – Gancho, enganchar
Kaisho-waza – Técnicas com mão aberta
Kakato – Calcanhar
Kamae – Posição de defesa
Kamaete – Ordem para tomar a posição
Kara – Vazio
Karada – Corpo, o mesmo que “tai”
Karate-do – Caminho das mãos vazias
Kata – Forma de treino, com ou sem parceiro, com seqüências de técnicas predeterminadas
Katana – Espada
Keage – Movimento ascendente rápido
Keiko – Treino
Kekomi – Movimento penetrante
Ken – Sabre, espada
Kendo – Arte da esgrima japonesa
Keri (Geri, em composição) – chute
Ki – Energia, força vital, espírito
Kiai – Exteriorização da energia através de grito
Kihon – Técnicas de base
Kime – Concentração de energia física e mental, decisão
Kiritsu – Levantar
Ko – Pequeno, posterior
Kohai – Praticante mais novo, o contrário de Sempai
Kokoro – Espírito, coração
Kokyu – Força respiratória
Koshi (goshi, em composição) - quadril
Kote – Pulso
Kumite – Combate
Kuzushi – Desequilíbrio
Kyu – Grau de aluno
Kyusho – Pontos vitais
Maai – Distância correta
Mae – Frente
Maki – Enrolar
Makiwara – Alvo tradicionalmente de palha enrolada para treino de Karate-do ou Kyudo
Mawashi – Movimento circular
Midale – Método de treino de Karate-do que consiste em ataques e esquivas contínuas
Migi – Direita
Mokuso – Literalmente: não pensar. Atitude de concentração executada durante o cerimonial de início e final da prática de Budo
Morote – Ambas as mãos 
Neko – Gato
Nobashi – Extensão, ação de esticar
Nukite – Ataque com os dedos juntos e esticados
O – Grande
Okuri – Deslizar
Osae – Imobilização
Otagai-ni-rei – Saudação mútua
Otoshi – Movimento de cima para baixo
Randori – Combate livre
Rei – Saudação
Reigi – Etiqueta, regras de conduta
Ritsu-rei – Saudação de pé
Ryo – Ambos
Ryu – Estilo, escola
Sabaki – Esquiva
Sai – Arma em forma de tridente originária de Okinawa
Samurai – Guerreiro japonês
Sanbon-Kumite – Combate com três ataques
Seiza – Sentar na posição de joelhos
Sempai – Aluno mais graduado, mais antigo
Sen-no-sen – Antecipação
Sensei – Professor
Sensei-ni-rei – Saudação ao professor
Shiho – Quatro direções
Shikko – Andar na posição de joelhos
Shin – Espírito
Shinai – Espada de bambu usada na prática de Kendo
Shisei – Posição, postura
Shizentai – Posição natural do corpo, de pé
Sho – Pequeno
Shomen – De frente
Shomen-ni-rei – Saudação para a parede principal do dojo
Shuto – Sabre da mão (lado do dedo mínimo)
Sokuto – Sabre do pé, lado do dedo mínimo
Tai – corpo, o mesmo que “karada”
Tai-sabaki – Esquiva do corpo
Tanto – Punhal
Te – Mão
Tettsui – Parte lateral exterior do punho
To – Distante, longe
Tobi – Saltar
Tokui – Mais forte
Tokui-waza – Técnica mais forte, favorita
Tomoe – Circular 
Tori – O que ataca, o que executa
Tsuki – Soco, murro
 Uchi – Interior
Ude – Braço, antebraço
Uke – O atacante, na prática a dois; o que executa a queda
Ukemi – Queda, enrolamento
Ura – Movimento realizado rodando; as costas do adversário
Uraken – Costas da mão
Ura-mawashi – Pontapé circular para trás
Ushiro – Atrás, para trás
Wakizashi – Espada mais curta
Waza – Técnica
Yakosoku – Combinado, sem resistência
Yame – Parar
Yasume – Ordem de descontrair
Yoi – Ordem de atenção, preparar
Yoko – de lado, lateral
Zanshin – Atitude de concentração
Zen – Frente
Zen – Disciplina japonesa, uma das correntes do Budismo


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